quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Operador e a Busca

  A ânsia do ser humano por evolução deve ser uma constante. A Busca de qualquer Operador de Rádio, é quase comparável ao  Jogador de Futebol. Vai atrás de novas oportunidades, de valorização profissional e principalmente em busca de conhecimento para o seu  aprimoramento. No meu caso aconteceu exatamente isso.Mas antes era preciso perder o medo, e enfrentar os desafios da capital. E de Mala e cuia, a cara e coragem, em meados de l985 resolvi que havia chegado o meu momento, e com alguns conhecimentos e principalmente acreditando no meu potencial me fui pra Capital. A expectativa era grande, ao contrário do que existe no Futebol, eu partia sem destino, com o passe  na mão e muita  vontade de vencer.  Logo que cheguei já fui a luta, encontrei Aníbal Alves na Rádio Farroupilha, mas senti de cara que ali não estava o que eu buscava, agradeci a oportunidade e fui em frente. Minha próxima parada foi na Companhia Caldas Junior, que no momento enfrentava certas dificuldades, mas, foi lá que encontrei guarida, dois grandes camaradas,  antigos companheiros: Cláudio Padilha e Carlos Lemos, casualmente os dois de quem eu herdara meus conhecimentos,como foi bom revê-los. Padilha meu antigo mestre, me apresentou  para Nilson Ferrão, que me abriu as portas, dando-me a chance de atuar na Equipe Técnica da RADIO GUAÍBA(POA).O início não nego foi difícil, mas logo eu já estava entrosado e de Operador de Mesa,logo passei atuar na Central Técnica, onde a reponsabilidade era bem maior. Mas ainda vou falar muito sobre isso, é como tudo na vida...um  passo de cada vez.....

Operador de Rádio - Nativismo

  Aqui, Pereira Junior(Op.Rádio) apresentando seu "SENTIMENTO GAÚCHO, numa entrevista com LEOPOLDO RASSIER (ícone do Nativismo) Já falecido.Leopoldo Rassier, natural da Zona Sul do estado do  RGS  (BRASIL), fez parte como líder  do Grupo Nativista..OS BOLICHEIROS de incontáveis apresentações em todo País.Leopoldo Rassier era dono de uma voz afinada,grave e inconfundível. Rassier se foi, mas deixou um legado inesquecível. Sentimento Gaúcho ainda existe não como prog.de Rádio,mas no coração  do apresentador.

Natal Real


   Nós, com a proximidade do "Natal e Ano Novo", nos tornamos sensíveis.E, para quem tem olhos pra ver, acaba enxergando além dos simples apelos que nós mesmo preparamos com intenção de promover e aumentar as vendas de clientes que apostam numa propaganda bem elaborada que irá sensibilizar, e fazer você mexer no bolso, vitrinas que enchem os olhos com apelos irresistíveis. Com Papais Noeis que provocam as crianças que incitam os "Pais" a gastarem, muitas vezes o que não dispõem, e nós dos Órgãos de Comunicação participamos dessa apelação por tabela, afinal, como sobreviveríamos sem os comerciais que pagam nossos salários, e que mantém funcionando as emissoras, mas num momento de sentimentalismo um Operador de Rádio, escreveu esta mensagem...este NATAL REAL...Para ler Clic em cima na mensagem.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Quando Operador de Rádio vai pra "Latinha"

   Dizem que o principal objetivo do Op.de Rádio é um dia ultrapassar os limites do "aquário" e tornar-se locutor(apresentador).Alguns talvez, aceitam o desafio e vão pra Latinha que traduzido significa:Microfone, as vezes para tentar provar que ele é capaz de desempenhar tal função. Daí, vai depender, da voz, do estilo que vai adotar, mas até hoje não conheci nenhum  "Op.de Rádio" que não tenha dado conta do recado, porque quando opera, vai observando e aprendendo e quando passa pro outro lado, sabe o que quer, e o que fazer.Mas alguns não sentem vontade de mudar e continuam desempenhando muito bem suas funções. Na Rádio Universidade tive essa chance graças ao Prof. Cunha (profundo conhecedor do Rádio), Alcides Ribeiro(uma  grande revelação)sem contar no apoio do Saudoso Padilha. Nos anos 80, com chegada dos Festivais Nativistas, e procurando me entrosar, criei, o primeiro programa abordando este tema. Tive a grande felicidade já na escolha do nome do prog: SENTIMENTO GAÚCHO, logo com  um jeito agauchado de falar conquistei meu espaço. Abordava a canção, geralmente comentando sobre certos significados e com textos previamente elaborados.Nesta época, entrevistei grandes nomes desse cancioneiro gaúcho, sempre primando pela qualidade das canções rodadas e dos temas abordados. Obtive na ocasião, colaboração de grandes companheiros como: João Francisco Andrade (Joca) hoje contando  causos e versos lá na "Querência de S.Pedro bem mais perto de Deus.SENTIMENTO GAÚCHO, foi juntamente com o Colégio Sta Margarida e Radio Universidade o responsável pela criação do primeiro Festival Nativista de Pelotas.     lamentavelmente este festival de nível escolar não ultrapassou além da sua primeira edição, quem sabe um dia esta luz reacenda....Mas foi bom,enquanto durou.....

Histórias do RÁDIO

        Como, já mencionei em postagem anterior, até os anos 80, a tecnologia da época obrigava o Operador de Rádio se transformar num elemento fundamental para o  bom desempenho de qualquer programação.Mas naquela época existia uma figura importantíssima que era o Dir.de Broadcasting ou simplesmente Dir.Artístico. Eu conheci um desses gênios e aqui destaco "Mário Renê, com quem trabalhei por pouco tempo, mas, o suficiente para conhecer o seu valor.Enquanto eu nascia pro Rádio, Mário logo iria fazer parte do Cast de S.Pedro.Deixou um vazio na Dir.Art.da Rádio Cultura de Pelotas, no momento da sua partida.Não sei se era por seu falecimento ser recente, as vezes tínhamos a impressão de sentir o odor conhecido do seu cachimbo, na época havia alguns comentários sobre o fato, nada de pavoroso, e sim de boas lembranças do velho companheiro.Até, que num sábado à tardinha, ouvindo uma porta bater no primeiro piso, fui averiguar, afinal, naquele momento eu me encontrava só dentro do grande prédio do Palácio do Rádio, averiguei a porta da frente que estava trancada e em seguida tomei o corredor que levava à sala do depto.de Esportes, seguido de mais duas peças, sendo que a terceira, estava praticamente desativada desde o falecimento do Mário Renê. Aquelas peças do primeiro piso eram muitos escuras, por isso, geralmente em horário de trabalho as luzes estavam sempre ligadas. Mas,  era sábado e naquele horário dificilmente alguém viria alí. Abri a porta e senti logo o perfume característico do fumo de cachimbo, olhei  para a mesa e lá estava sentado alguém. Quem? ..nunca soube. O Mário em vida havia sido um bom companheiro, com  certeza não me daria um susto daqueles. Acreditei sempre, que foi apenas um produto da minha imaginação fértil. Guardei este segredo por muito tempo, hoje, são apenas lembranças.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

OPERADOR ( Trajetória )

  Rádio, ninguém faz sozinho, mesmo clicando nas teclas de um computador, o profissional terá que contar com os comerciais gravados por outra voz, dispondo ainda de incontáveis temas musicais e efeitos incríveis.Para contar uma história ou uma trajetória,teremos obrigatoriamente que ser saudosistas, e nesses momentos é preciso buscar na memória: fatos e nomes que tornaram possível esta composição. Atuei como "Operador"em algumas Emissoras de Pelotas e de Porto Alegre, em todas, acredito ter desempenhado um bom trabalho. Foram mais de trinta anos registrados em Cart.Profissional.Mas, como dizia: O( Jacaré - Danúbio Fernandes,  o mais criativo e o melhor timbre de voz com quem trabalhei ....."Sem essa de viva o meu nome", que traduzido queria dizer" Faça bem feito antes de assinar embaixo".Houve um tempo que Rádio obedecia uma hierarquia, um Organograma que designava funções: Dpto.Artístico(Broadcasting) que cuidava diretamente dos programas que iam ao ar.Depto.de Notícias que captava a notícia e o transmitia em horários predeterminados, Depto  de Esportes que com uma equipe de Narradores,Comentaristas e repórteres, transmitiam geralmente Futebol(como acontece até hoje) e o Depto.Técnico que poderia não ser o mais importante nesta escala, mas era sem dúvida indispensável na sustentação da programação que ia ao ar.Tudo isto, sem contar...Na Direção Geral de onde emanava "Todo Poder".

OPERADOR CRIATIVO

   Quando se fazia necessário a renovação, as emissoras lançavam novos programas, as vezes, mudando totalmente o estilo de programação, e neste momento, é que aparecia a criatividade do operador  com novas vinhetas e  cortinas  . Geralmente a edição dos temas musicais eram, como verdadeiras cirurgias. Escolhia-se o ponto no Gravador, era marcado então o local do corte da fita, emendando com outro seguimento da música dando forma à vinheta ou cortina  na época das Cartucheiras, é claro, porque depois mais tarde, com o avanço da tecnologia,  veio o MD,seguido do CD, e hoje, num simples clicar busca-se qualquer tema, de qualquer estilo e coloca-se no ao instantaneamente.Na foto estamos, Pereira Jr.e Edmundo Silveira, quem sabe escolhendo um novo tema para Rádio Universidade.É Bom lembrar, que Operador de Rádio, mesmo diante das deficiências técnicas da época, por vezes se superava e dividia o sucesso de um programa com o apresentador, e devido a capacidade,muitos deles, atravessaram, para o outro lado do "Aquário"(cabine de locução), como por exemplo: o EDMUNDO, à direita na foto, hoje atuando no Rádio e na TV.

Ser Operador de Rádio

Nesse período entre 1964 e 2000 pude observar de perto a evolução técnica do Rádio.No início era preciso, superar as deficiências técnicas, por exemplo o operador de externa, era o primeiro a chegar ao evento ex: Futebol, muitas vezes trabalhando só, lutava contra o tempo, estendo duzentos metros de fios, ou mais, para dar condições ao repórter se deslocar e desempenhar suas entrevistas, antes, durante e depois dos jogos, e muitas foram as vezes em que tive que recolher metro a metro, rolos de fios completamente no escuro quando o evento era à noite, talvez por economia de energia, os holofotes eram desligados, ficando apenas as cabines das emissoras em condições de finalizarem seus trabalhos. Tudo, sem contar, que dependendo do número de emissoras a quantidade de fios espalhados pelo campo eram tantos, que devido ao enredo .causado, éramos obrigados cortar os fios porque o espetáculo precisava começar ou continuar.A superação  se dava em todos os setores técnicos. "Operador" tinha que buscar alternativas, ser criativo, superando as dificuldades, e quando sobrava um tempo, ainda poderia ser discotecário ou bancar o Produtor.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Olha aí os Atletas da ( TV.TUIUTI ) hoje RBS TV Pelotas

  Os atletas pela ordem: Nadir Santos, Ronaldo, Cinegrafista, Glênio Freitas, Luis Carlos Rocha, agachados: Edair , Pereira Jr. e Burcle o tartaruga...Local: A.P.E.

Nem só de informação, vive o homem...RADIALISTA

   Esta imagem foi feita na Boca do Lobo (Estádio do E.C.Pelotas) nos anos 70. Os Profissionais do Futebol, ou melhor, da RÁDIO CULTURA aqui presentes , são:  da esq.para dir;  Júlio, Renato Cação, Canelão, Jair, Ivan Aune, Glênio Freitas, José Medeiros. Agachados;  Job Correa , Tarciso, Claudiram Nunes, Anibal Alves, e eu Pereira Jr. bancando o ponta direita.A não ser por três convidados, todos nós fazíamos parte do Cast da Emissora. Estas "Peladas" aconteciam geralmente, nos feriados ou finais de semana, afinal de contas, naquela época, também já sofríamos com o estresse, e essa era forma de desopilar.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Reunião Festiva do Sindicato dos Radialistas

Entre os presentes estavam: Mário Antônio, Franco Barreto, Gilney Pinheiro, Carlos Veiga, Pereira Junior, Sidiney Berardi (o peninha), e Ugomar Shaffer.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Beira Rio - Rest.Sacy Estádio Beira Rio

Aqui o flagrante: Fitipaldi ( nosso motora ),Convidado, Pereira Junior (oper.Externa), Roberto Brauner ( narrador) e Jorge Malhão (reporter... Professor na Universidade Católica)

Almoço rest.Sacy antes de decisão no Beira Rio

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Festa de Confraternização-Rádio Cultura

Aqui, aparecem funcionários da Rádio Cultura meados dos anos 70 confraternizando, o que era comum para a época. Num ambiente de rádio , esses momentos eram de muita descontração, como podem ver, Glênio  Freitas(morisca),  seguido de José Medeiros, Alencar de Farias, Jair, Magalhães Junior, J.C.Pires, Pereira Junior, Jenes, e João Carlos Rodrigues (O Brasa) ,este último um dos mais aplicados operadores de Rádio que conheci,  o apelido Brasinha ou Brasa foi concedido porVolney Castro  grande apresentador do Rádio Pelotense que devido a sua popularidade chegou a Câmara de Vereadores(Pelotas).

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Festa no Ginásio João Carlos Gastal

Nesta foto aqui postada está um dos melhores narradores de futebol do Brasil, se não for mencionado o nome com certeza  terão dificuldade em reconhece-lo.......é,.... trata-se de Roberto Brauner, estão aqui também Nadir Santos e Adão e Pereira Junior(primeiros anos da TV Tuiuti- atual  RBS Pelotas)  Que flagrante! tomando um chopinho na hora de trabalho, mas nem lembro se estávamos trabalhando.

Evolução do Rádio

Depois que Armstrong, Aldrin e Collins  se lançaram ao Espaço, num Foguete levara a Cápsula Apolo 11 por um passeio a Lua, tudo levava a crer que com  esta conquista, o Homem abrira caminhos para o impossível .E nos anos seguintes o"Ser" foi contaminado pela busca incansável da Evolução. Talvez, não lembro bem, a nova fase da Emissora para qual trabalhava havia entrado nesta febre e criara um novo estilo, "Cultura Meta Futuro". Na foto estão: da esquerda para direita Aníbal Alves, Marcos Fonseca, José Medeiros, Magalhães Junior, Claudiram Nunes, Geraldo Medeiros, Pereira Junior, Charles, Renato Cação  e Ney Roberto Paiva.

Época de Renovação

Aqui, nesse flagrante vemos o lançamento da nova programação da Rádio Cultura

Melhores do Rádio

Momento de premiação, entrega de troféus e diplomas.Na foto: Pereira Junior recebendo das mãos de Claér Borda, Franco Barreto e ao fundo Rubens Coutinho ( Reporter da Rádio Cultura ) transmitindo a solenidade.

" Os Melhores do Rádio "

Este era um momento esperado, principalmente para os profissionais da Região. Ato Festivo de entrega de prêmios aos Melhores do Rádio, os profissionais eram escolhidos pelo seu desempenho, por uma Comissão formada por pessoas que conviviam  com o dia dia do Rádio,e ninguém entende mais que o próprio ouvinte, no caso, Tio Mira como era conhecido,era um dos principais olheiros,ou melhor, ouvintes e quando a lista saia como era bom ver o nome incluído. A gente se sentia recompensado, não que isso fosse a coisa mais importante, mas pelo incentivo que nos impulsionava a buscar cada vez mais a perfeição no Trabalho. Presentes nesse ato aqui  ilustrado: Vighi e Mário Antônio(RU) , Geraldo Fagundes, Alcebíades Barboza, Reverendo Walter Antunes Braga, João Carlos Rodrigues(O Brasa ), Pereira Junior ( eu ), Franco Barreto e sentados à mesa Carine e Esposa e por último Claér Borda.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

João C. Rodrigues, Ezaú Leivas e Pereira Junior(auditório)

A Rádio Cultura na época levava o título de " Palácio do Rádio " devido a imponência do prédio que ocupava na rua Sete de Setembro, no segundo piso havia um auditório com sala de projeção e com capacidade para mais de cem pessoas.Aos finais de semana sempre havia espetáculos com transmissão ao vivo onde se apresentavam além de músicos de Pelotas, conjuntos e cantores da Música Popular Brasileira como por exemplo: Golden Star  ,Os Lobos, Os Santos e outros da Cidade. O ponto alto dessas apresentações com certeza foi a de "Elis Regina" com uma grande legião de fãs até hoje, mesmo não estando mais, entre nós.Para o público ouvinte os finais de semana eram momentos de diversão nos Sábados com apresentadores da rádio:  Waldo Antônio, Anibal Alves e outros e aos Domingos a diversão ficava por conta de Maurício Antônio e Tufy Salomão.O programa além das brincadeiras com a criançada visava descobrir novos talentos. É uma pena o prédio que abrigou tantos espetáculos já não existe  mais, ainda bem que apesar de tudo a Rádio Cultura sobreviveu.

Inauguração dos Novos Estúdios da Rádio Cultura

Da esquerda para direita: Cláudio Padilha, um companheiro da R.C.Bagé, Arnaldo Haal, Ney Roberto Paiva, Paulo Silva, Marcos Fonseca, Pereira Junior e por último sentado, operando, Ezaú Leivas.

Anos 60 na Rádio Cultura


As vezes lembro dos programas produzidos com esmero, momentos que colocávamos toda criatividade e atenção, realizando verdadeiras obras primas. Por exemplo: "A Semana Foi Assim", um programa  levado ao ar aos finais de semana, focando acontecimentos passados, fatos de real importância como por exemplo: Guerra do Vietnã, Eleições, Acidentes de Graves Proporções e outros...A preparação criava uma expectativa como se fosse um Ritual.Cada notícia era comentada, tendo o respaldo de um bom Sonoplasta, que se preparava antecipadamente com diversos tipos de ruídos e efeitos que chamavam a audiência pela conotação teatral.A Sintonia entre Locução e Sonoplastia era  indispensável para o sucesso de cada programa.

Operando Mesa Supersom

Aqui estou operando, o que para a época estava dentro do padrão de modernidade.Constava de Mesa de som c/  oito potenciômetros, quatro toca discos, na extremidade dos braços agulhas VR com  duas opções ex: VR 1  para comerciais( 78 RM ) e VR 2 para Long-plays ( 33 RM ) p/ a parte musical, hoje porém é tecnologia ultrapassada ( coisas de Museu ), ainda o aparato técnico constava de um Monitor ( rádio ) à válvulas, um Gongo c/ três tipos de toque para  os anúncios fúnebres, à frente "Cabine de Locução".Os comerciais eram geralmente gravados na emissora( Rádio Cultura ) em acetato,disco c/ três tamanhos definidos de alumínio recoberto por produto proveniente do Petróleo,  cujo sistema  e qualidade da gravação iria depender não só da agulha quente ou de diamante, mas do toque da mão do Operador de Gravações que permitia o deslizar suave do início ao fim da gravação.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Anos 60 ( o começo de tudo)


Acredito ser minha primeira foto como Radialista, num começo aos l4 anos de idade em l964, nem imaginava que logo a história do Brasil iria mudar, e eu, ainda jovem sem  saber como proceder, afinal, colocara  todo meu entusiasmo na profissão que abraçara. O que fazer? Agi como a maioria, afinal, "Boca fechada não entra mosca. Num tempo em que os órgãos de comunicação ficaram atrelados, só podiam noticiar o que era aprovado antes de ir ao ar, o mesmo acontecendo em relação a Programação Musical, Geraldo Vandré e outros intérpretes(nem pensar)tudo dependia de uma prévia aprovação da Polícia Federal, talvez por ser jovem demais e não tendo ainda uma formação política definida, afinal, isso era  uma preocupação para Políticos e Militares, eu só queria mesmo era desempenhar meu trabalho  técnico bem feito como me haviam ensinado.Houve muitos momentos de preocupação, não nego, mas graças a Deus o Brasil aos poucos foi retomando a sua caminhada Democrática e eu sobrevivi, e hoje com as mudanças políticas posso avaliar melhor o que aconteceu.

Meus Mestres

Em qualquer profissão, existe aquele que conduz aos  primeiros passos,é preciso  que tenhamos a dignidade de reconhecer a capacidade daqueles que ajudaram a moldar nosso estilo. Eu,sou muito grato e quero aqui prestar uma homenagem aqueles que de alguma forma colocaram-se a minha disposição com paciência repassando seus conhecimentos o que me valeu de ensinamento pela vida inteira no que diz respeito a minha vida profissional.Vou citar alguns nomes que facilitaram de alguma maneira a minha iniciação como "Operador de Rádio,Operador de Áudio,Sonoplastia e mais tarde Operador de Gravações e Central Técnica,são eles: Job Correa,Teodoro Mello,Geraldo Medeiros,Cláudio Padilha,Carlos Lemos e por último Nilson Ferrão(que me deu a chance que acreditou em mim, dando -me a oportunidade na Rádio Guaíba-Poa, onde me aposentei, encerrando minha carreira técnica no Rádio)