quinta-feira, 22 de setembro de 2011

DIA DO RADIALISTA

Neste 21 de Setembro comemoramos o "DIA DO RADIALISTA", e tirei o dia para refletir. Houve tempos que essa data era um momento sagrado para os trabalhadores de Radiodifusão, o sindicato reunia em todas as cidades os associados para comemorarem, numa churrascaria ou Pizzaria, mas oque importava não era propriamente o cardápio e sim o momento especial de entrelaçamento, onde esquecíamos as divergências, as disputas pela sintonia e o resultado do Ibope. Lembro perfeitamente desses momentos de confraternização, como era bom trocar ideia, conhecer novos companheiros, a verdade que o propósito era o mesmo: reunir, aglutinar, lembrando que no dia seguinte, tudo voltaria ao normal, a disputa pelo privilégio da sintonia entre as    emissoras, e cada profissional tentando  fazer o melhor para agradar o gosto do seu ouvinte. Hoje estou aparentemente fora do Rádio, tive meus momentos de glória, tentei sempre fazer o melhor de mim, e não me arrependo de nada do que executei com prazer, porque o verdadeiro RADIALISTA, é aquele vive no Rádio, e gosta do que faz. Para ser OPERADOR ou COMUNICADOR é preciso  ter a consciência de que é responsável pelo que faz, desempenhando um trabalho na formação da opinião pública.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Ou Troteia ou sai da Estrada

Traduzindo o título: "Quem não aceitar a  Evolução Tecnológica, irá frear seu próprio progresso. O tempo é implacável principalmente com o ser humano, não só as rugas irão aparecer como também sua memória enfraquecer, isso faz parte da evolução, oque precisamos é envelhecer com dignidade. Estou com 6l anos, e me orgulho de tudo oque fiz no "RÁDIO AM". Quando comecei a trabalhar em meados de Março de l964, não  existia o"FM", que quando chegou trouxe qualidade ao som, mas aos poucos o novo modelo de transmissão que havia sido criado com o propósito de abocanhar a fatia mais refinada do mercado, tomou rumos diferentes e hoje oque ouvimos é nada mais nada menos que o "FM" concorrendo com o "AM". Mas se isso leva à Evolução do Rádio o "AM" estaria com os dias contados. A memória não pode ser apagada, é como rastro deixado por alguém que caminha rumo ao futuro. Entre os anos 65 e 70, quando íamos transmitir jogos de futebol, e se por acaso houvesse algum problema na transmissão, recorríamos ao telefone, quer para manter contato com o estúdio ou coma CIA Telefônica, Lembro que algumas vezes usei este tipo de telefone da foto postada, quando a transmissão externa era no Estádio do Farroupilha(Nicolau Fico em Pelotas). Hoje temos o celular que nos interliga com o Mundo em segundos, se preciso for. Devemos reverenciar o Passado, lembrar, mas, a Vida continua e não temos o direito de travar o Progresso,ou corremos o risco de sermos atropelados pela "EVOLUÇÃO".

sábado, 20 de agosto de 2011

Acredite se Quiser

Alguns anos atrás, as transmissões externas eram verdadeiros desafios, o Operador de Externa  era o primeiro a chegar e último a sair, torcer para que as linhas não tivessem nenhuma indução (ruídos). Depois de muitos testes, que eram feitos com bastante antecedência para que nada saísse errado. Comigo aconteceu quase tudo isso, problemas é que não faltavam, principalmente  no tempo que as transmissões eram feitas com apenas dois fios. Para quem não sabe hoje ainda é usado fios que interligam  Embratel - Estúdio, com quatro fios, que no meu tempo eram descritos com TX e RX, tipo, um código para facilitar a  comunicação entre Operador de Central no Estúdio da Emissora com Central de Transmissões da  Embratel interligando com o local do Evento. Acredite se quiser, lembro de uma ocasião, havia chovido durante o jogo do G.E.Brasil no Estádio Bento Freitas em Pelotas, o adversário não lembro, também como poderia lembrar estava ocupado o tempo todo em função dos quatrocentos metros fios, que eu teria que esticar e recolher no final do jogo, sim por que o Repórter só chegaria minutos antes da transmissão, nada a reclamar, esse era meu objetivo, deixar tudo em ordem para que os outros pudessem desempenhar seu trabalho. Mas o pior estava por vir. Inverno,l9 horas, transmissão encerrada, agora, o problema era achar os cabos em meio a escuridão, lama e poças d'água, pois os Estádios precisavam economizar em energia ,eu e os companheiros de outras emissoras pagávamos o pato...Cavacos do Ofício.

Transmissão Externa, antigamente era assim.

Apesar de viver mais de 40 anos dentro do Rádio, ouvi histórias dos mais antigos, sobre transmissões externas,  difícil de acreditar na veracidade. Tive um companheiro, no tempo em que atuei no Rádio em Porto Alegre, que contava sobre uma externa feita em Sta Vitória do Palmar para a Capital usando o "aramado" para transmitir de um ponto no meio do campo até a estrada onde se encontrava o equipamento que enviaria essa transmissão até os estúdios. Sobre as dificuldades de outrora, ainda existem  muitas histórias  a serem contadas.Nosso compromisso neste  Blog e lembrar e tirar do ostracismo a figura do OPERADOR DE RÁDIO. É sempre bom lembrar que nosso objetivo não é criar polêmica, mas, que essa profissão dentro Rádio foi sempre desvalorizada, num comentário postado neste blog, fez-se justiça. Foi um toque àqueles que ainda pensam que  Operador é um profissional frustrado, não é mesmo, é alguém que faz oque gosta, que coloca sua criatividade a serviço da Emissora para qual trabalha, por que se pensasse em dinheiro,acumular fortuna, passaria bem longe de um Estúdio de Rádio.Essa imagem de Microfone foi extraída do Blog "História do Rádio".

sexta-feira, 29 de julho de 2011

GRAVANDO PROG. PAIXÃO CORTEZ

 Na postagem anterior, falamos do trabalho anônimo do Operador de Rádio, mesmo quando está atuando ao lado de um colega que é ícone no seu meio. Neste flagrante em setembro de l990, mesmo estando em primeiro plano na foto, ao fundo, no estúdio,do outro lado do vidro,  está nada mais, nada menos que JOÃO CARLOS PAIXÃO CORTEZ, para  os amigos apenas "Paixão", mas ninguém, na minha opinião,  sabe mais sobre Folclore Gaúcho do que ele,  dedicou sua vida inteira à pesquisa desse tema e se tornou "Destaque Internacional", distribuindo seus conhecimentos aos CTGs(Centro de Tradições Gauchas)que são milhares espalhados não só no Brasil, mas no Exterior. Por isso me sinto um privilegiado e lamentei profundamente quando ele deixou a Rádio Guaíba onde semanalmente gravávamos seu programa. Nesta época, atuei como operador de Jaime Caetano Braun e outras figuras importantes do Rádio Gaúcho. Por casualidade esta foto foi uma das últimas atuando pela Rádio Guaíba. De vez em quando bate uma saudade...

RÁDIO ...Paixão...Emoção.

Recebi Email de CEZAR TOMAZETTI, ele, além de elogios à profissão de OPERADOR DE RÁDIO, falou em curtas palavras, do tempo em que trabalhou na montagem das mesas SUPERSOM. Tomazetti atuou nesta área por mais de Trinta anos. Quem sabe companheiro, atuei numa dessas mesas de áudio Supersom. Não represento uma classe e sim, represento um tempo...o Auge do Rádio. Falo isso com orgulho, e nunca tive a intenção de virar Ícone do Rádio, mesmo porque os Ícones, geralmente estavam à frente do microfone, do outro lado do (Aquário),no estúdio. Quando você vai um restaurante, senta, prova todas àquelas delícias, e com certeza nem imagina a marca da panela,da caçarola e principalmente das mãos hábeis que colocou o tempero que tornou àquela comida uma gostosura. Assim era, e é..o Radio que você escuta. Que mãos colocaram o Vinil, o CD com a sua canção preferida?___o OPERADOR DE RÁDIO que antigamente era chamado até de maestro por alguns apresentadores.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

CAÇA AOS DINOSSAUROS

 Na visita que fizemos a RU, descobrimos além de um Cast de qualidade, um verdadeiro ninho de DINOSSAUROS, como já dissemos em outra oportunidade. Pra quem ainda não sabe, "Dinossauro" foi a palavra encontrada pra dar significado a grandeza da profissão de Operador de Rádio e dar destaque ao profissional que atua nesta área da comunicação.Principalmente, homenageando àqueles que durante algumas décadas desempenharam ou desempenham essa função. Um  dos que acompanhou a evolução do Rádio, foi João Carlos Rodrigues(O BRASA), apelido colocado quando começou na Rádio Cultura de Pelotas  como operador exclusivo de Volney Castro pelo seu bom desempenho, talvez por que na época o Grande Destaque  Nacional era Roberto Carlos (O Brasa) considerado o Rei, não tenho certeza, mas um dia ainda tiro essa dúvida com Volney, que agora só quer saber da orla da lagoa e nada mais. Verdade seja dita, João Carlos, foi sempre um destaque  não para ser o "melhor", mas por desempenhar com qualidade a profissão de OPERADOR DE RÁDIO, isso ele fez, faz e fará sempre muito bem Aliás, já ia esquecendo, existe aí uma dúvida, quem tem mais tempo de Rádio? Peninha(Sidney Berardi) ou O Brasa(João  Carlos Rodrigues)  Breve,  numa confraternização vamos tirar esta dúvida no palitinho, par ou impar..ou quem come mais Pizza.