quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Quando Operador de Rádio vai pra "Latinha"
Dizem que o principal objetivo do Op.de Rádio é um dia ultrapassar os limites do "aquário" e tornar-se locutor(apresentador).Alguns talvez, aceitam o desafio e vão pra Latinha que traduzido significa:Microfone, as vezes para tentar provar que ele é capaz de desempenhar tal função. Daí, vai depender, da voz, do estilo que vai adotar, mas até hoje não conheci nenhum "Op.de Rádio" que não tenha dado conta do recado, porque quando opera, vai observando e aprendendo e quando passa pro outro lado, sabe o que quer, e o que fazer.Mas alguns não sentem vontade de mudar e continuam desempenhando muito bem suas funções. Na Rádio Universidade tive essa chance graças ao Prof. Cunha (profundo conhecedor do Rádio), Alcides Ribeiro(uma grande revelação)sem contar no apoio do Saudoso Padilha. Nos anos 80, com chegada dos Festivais Nativistas, e procurando me entrosar, criei, o primeiro programa abordando este tema. Tive a grande felicidade já na escolha do nome do prog: SENTIMENTO GAÚCHO, logo com um jeito agauchado de falar conquistei meu espaço. Abordava a canção, geralmente comentando sobre certos significados e com textos previamente elaborados.Nesta época, entrevistei grandes nomes desse cancioneiro gaúcho, sempre primando pela qualidade das canções rodadas e dos temas abordados. Obtive na ocasião, colaboração de grandes companheiros como: João Francisco Andrade (Joca) hoje contando causos e versos lá na "Querência de S.Pedro bem mais perto de Deus.SENTIMENTO GAÚCHO, foi juntamente com o Colégio Sta Margarida e Radio Universidade o responsável pela criação do primeiro Festival Nativista de Pelotas. lamentavelmente este festival de nível escolar não ultrapassou além da sua primeira edição, quem sabe um dia esta luz reacenda....Mas foi bom,enquanto durou.....
Histórias do RÁDIO
Como, já mencionei em postagem anterior, até os anos 80, a tecnologia da época obrigava o Operador de Rádio se transformar num elemento fundamental para o bom desempenho de qualquer programação.Mas naquela época existia uma figura importantíssima que era o Dir.de Broadcasting ou simplesmente Dir.Artístico. Eu conheci um desses gênios e aqui destaco "Mário Renê, com quem trabalhei por pouco tempo, mas, o suficiente para conhecer o seu valor.Enquanto eu nascia pro Rádio, Mário logo iria fazer parte do Cast de S.Pedro.Deixou um vazio na Dir.Art.da Rádio Cultura de Pelotas, no momento da sua partida.Não sei se era por seu falecimento ser recente, as vezes tínhamos a impressão de sentir o odor conhecido do seu cachimbo, na época havia alguns comentários sobre o fato, nada de pavoroso, e sim de boas lembranças do velho companheiro.Até, que num sábado à tardinha, ouvindo uma porta bater no primeiro piso, fui averiguar, afinal, naquele momento eu me encontrava só dentro do grande prédio do Palácio do Rádio, averiguei a porta da frente que estava trancada e em seguida tomei o corredor que levava à sala do depto.de Esportes, seguido de mais duas peças, sendo que a terceira, estava praticamente desativada desde o falecimento do Mário Renê. Aquelas peças do primeiro piso eram muitos escuras, por isso, geralmente em horário de trabalho as luzes estavam sempre ligadas. Mas, era sábado e naquele horário dificilmente alguém viria alí. Abri a porta e senti logo o perfume característico do fumo de cachimbo, olhei para a mesa e lá estava sentado alguém. Quem? ..nunca soube. O Mário em vida havia sido um bom companheiro, com certeza não me daria um susto daqueles. Acreditei sempre, que foi apenas um produto da minha imaginação fértil. Guardei este segredo por muito tempo, hoje, são apenas lembranças.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
OPERADOR ( Trajetória )
Rádio, ninguém faz sozinho, mesmo clicando nas teclas de um computador, o profissional terá que contar com os comerciais gravados por outra voz, dispondo ainda de incontáveis temas musicais e efeitos incríveis.Para contar uma história ou uma trajetória,teremos obrigatoriamente que ser saudosistas, e nesses momentos é preciso buscar na memória: fatos e nomes que tornaram possível esta composição. Atuei como "Operador"em algumas Emissoras de Pelotas e de Porto Alegre, em todas, acredito ter desempenhado um bom trabalho. Foram mais de trinta anos registrados em Cart.Profissional.Mas, como dizia: O( Jacaré - Danúbio Fernandes, o mais criativo e o melhor timbre de voz com quem trabalhei ....."Sem essa de viva o meu nome", que traduzido queria dizer" Faça bem feito antes de assinar embaixo".Houve um tempo que Rádio obedecia uma hierarquia, um Organograma que designava funções: Dpto.Artístico(Broadcasting) que cuidava diretamente dos programas que iam ao ar.Depto.de Notícias que captava a notícia e o transmitia em horários predeterminados, Depto de Esportes que com uma equipe de Narradores,Comentaristas e repórteres, transmitiam geralmente Futebol(como acontece até hoje) e o Depto.Técnico que poderia não ser o mais importante nesta escala, mas era sem dúvida indispensável na sustentação da programação que ia ao ar.Tudo isto, sem contar...Na Direção Geral de onde emanava "Todo Poder".
OPERADOR CRIATIVO
Quando se fazia necessário a renovação, as emissoras lançavam novos programas, as vezes, mudando totalmente o estilo de programação, e neste momento, é que aparecia a criatividade do operador com novas vinhetas e cortinas . Geralmente a edição dos temas musicais eram, como verdadeiras cirurgias. Escolhia-se o ponto no Gravador, era marcado então o local do corte da fita, emendando com outro seguimento da música dando forma à vinheta ou cortina na época das Cartucheiras, é claro, porque depois mais tarde, com o avanço da tecnologia, veio o MD,seguido do CD, e hoje, num simples clicar busca-se qualquer tema, de qualquer estilo e coloca-se no ao instantaneamente.Na foto estamos, Pereira Jr.e Edmundo Silveira, quem sabe escolhendo um novo tema para Rádio Universidade.É Bom lembrar, que Operador de Rádio, mesmo diante das deficiências técnicas da época, por vezes se superava e dividia o sucesso de um programa com o apresentador, e devido a capacidade,muitos deles, atravessaram, para o outro lado do "Aquário"(cabine de locução), como por exemplo: o EDMUNDO, à direita na foto, hoje atuando no Rádio e na TV.
Ser Operador de Rádio
Nesse período entre 1964 e 2000 pude observar de perto a evolução técnica do Rádio.No início era preciso, superar as deficiências técnicas, por exemplo o operador de externa, era o primeiro a chegar ao evento ex: Futebol, muitas vezes trabalhando só, lutava contra o tempo, estendo duzentos metros de fios, ou mais, para dar condições ao repórter se deslocar e desempenhar suas entrevistas, antes, durante e depois dos jogos, e muitas foram as vezes em que tive que recolher metro a metro, rolos de fios completamente no escuro quando o evento era à noite, talvez por economia de energia, os holofotes eram desligados, ficando apenas as cabines das emissoras em condições de finalizarem seus trabalhos. Tudo, sem contar, que dependendo do número de emissoras a quantidade de fios espalhados pelo campo eram tantos, que devido ao enredo .causado, éramos obrigados cortar os fios porque o espetáculo precisava começar ou continuar.A superação se dava em todos os setores técnicos. "Operador" tinha que buscar alternativas, ser criativo, superando as dificuldades, e quando sobrava um tempo, ainda poderia ser discotecário ou bancar o Produtor.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Olha aí os Atletas da ( TV.TUIUTI ) hoje RBS TV Pelotas
Os atletas pela ordem: Nadir Santos, Ronaldo, Cinegrafista, Glênio Freitas, Luis Carlos Rocha, agachados: Edair , Pereira Jr. e Burcle o tartaruga...Local: A.P.E.
Nem só de informação, vive o homem...RADIALISTA
Esta imagem foi feita na Boca do Lobo (Estádio do E.C.Pelotas) nos anos 70. Os Profissionais do Futebol, ou melhor, da RÁDIO CULTURA aqui presentes , são: da esq.para dir; Júlio, Renato Cação, Canelão, Jair, Ivan Aune, Glênio Freitas, José Medeiros. Agachados; Job Correa , Tarciso, Claudiram Nunes, Anibal Alves, e eu Pereira Jr. bancando o ponta direita.A não ser por três convidados, todos nós fazíamos parte do Cast da Emissora. Estas "Peladas" aconteciam geralmente, nos feriados ou finais de semana, afinal de contas, naquela época, também já sofríamos com o estresse, e essa era forma de desopilar.
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